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Governo de SP quer que horário de pico nos transportes seja usado somente para profissionais de serviços essenciais

Anderson - 15/05/2020
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O secretário de Transportes Metropolitanos do governo do estado de São Paulo, Alexandre Baldy, defendeu, em live transmitida nesta sexta-feira (15) durante encontro com empresários que integram o Grupo Lide, que as prefeituras da região metropolitana, em especial a capital paulista, trabalhem em conjunto com comerciantes para que somente trabalhadores de serviços essenciais usem transporte público nos horários de pico - entre 5h30 e 8h, e das 17h30 às 19h30.

"É o que eu tenho defendido, que fiquem para estes horários, (o uso de transporte público) apenas de profissionais de segurança pública, saúde e transporte, e para outros horários, quem trabalha em supermercados, construção civil e demais atividades que estão permitidas pelo decreto estadual, para que as demais atividades fossem escalonadas fora do horário de pico", disse o secretário.

O objetivo, segundo o secretário, é evitar a aglomeração de pessoas nos transportes de massa - trens, metrô e ônibus - após a Prefeitura da capital determinar o rodízio ampliado na cidade para evitar a propagação do coronavírus.

Entretanto, o secretário não explicou como o controle de fluxo das pessoas nas estações poderia ser feito.

Pelo rodízio ampliado, só podem circular na capital paulista nos dias pares veículos de placas de final par e, nos dias ímpares, carros com placas de final ímpar. A medida vale, inclusive, para os finais de semana.

Segundo Baldy, a mudança no rodízio feita pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) colocou 290 mil pessoas a mais no transporte público estadual (Metrô, CPTM e EMTU).

Nos ônibus intermunicipais na região metropolitana, da EMTU, o aumento de passageiros nesta semana foi de 16% em relação à semana anteriores da pandemia, enquanto que, no Metrô, o número de passageiros subiu 8% e, nos trens da CPTM, 12%, disse o secretário.

"O objetivo maior e que eu tenho buscado dialogar é sobre os horários de entrada e saída dos funcionários, para fazer com que estes horários possam ser escalonados durante o dia e fora do horário de pico, deixando para estes horários de maior movimento apenas quem atua em atividades essenciais", disse Baldy.

De acordo com o secretário, 70% dos usuários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) utilizam atualmente, durante a pandemia, o sistema de transporte "em apenas 4 horas", ou seja, nos horários de pico da manhã e da tarde.

"E temos o restante de 30% em outras 16 horas por dia. Se a gente conseguir elaborar um planejamento e escalonar com o setor produtivo para que não possa haver aglomerações (...).É inegável que, nesta semana, (com a entrada do rodízio ampliado em vigor) ocorreu que acabou o horário de pico teve aglomerações e eu vou ter os trens vazios durante todo o restante do dia", disse o secretário.


Para ele, as prefeituras poderiam impor decretos municipais escalonando os horários de abertura do comércio.

"É atribuição constitucional das Prefeituras o horário de funcionamento do comércio. Então, a ideia seria alternar por turnos, para que possamos colocar (pessoas) fora do horário de pico no sistema de transporte", disse Baldy.

O secretário informou ter se posicionado contra o decreto da Prefeitura de São Paulo que ampliou o rodízio porque houve incremento de pessoas usando o transporte público, que, segundo ele, é o segundo lugar com maior vetor de propagação do Covid-19.

"Precisamos ter planejamento e escalonamento na entrada para evitar de toda e qualquer maneira aglomeração em qualquer lugar", disse.